Nível de emprego no setor da construção pesada paulista apresenta queda no mês de novembro de 2022

O nível de emprego do setor da construção pesada do Estado de São Paulo apresentou queda no número de vagas relativas ao mês de novembro de 2022, segundo dados divulgados pelo Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo – SINICESP.

O resultado, com base nas informações apuradas nos números apresentados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), foi de uma variação de 532 vagas positivas em novembro, com o acumulado do ano chegando a 11.357 novos postos de trabalho.

Apesar da evolução, esse é o menor resultado registrado no ano de 2022. O total geral de trabalhadores no setor da construção pesada, em todo o Estado de São Paulo chegou, em novembro, ao patamar de 89.960 vagas.

O setor de Construção de Rodovias e Ferrovias responde por 39,16% do total geral de novas vagas em novembro. Em segundo lugar, está o item Obras de Urbanização, Ruas, Praças e Calçadas com 22,06%, seguido de Obras de Terraplenagem, com 20,07%.

Para o gerente técnico do SINICESP, Calos Eduardo Prado, apesar da queda, o comportamento mostra uma tendência de estabilidade, indicando que as obras contratadas pela administração que se encerrou terão continuidade, cenário esse que deve se manter nos próximos meses, podendo até haver uma reversão da tendência e evolução positiva no nível de emprego.

Brasil

Em nível nacional, o setor da Construção Pesada apresentou saldo negativo, com o registro de perda de 6.941 vagas em todo o território nacional. É o maior saldo negativo de 2022.

A exemplo do que ocorre em São Paulo, o setor de Construção de Rodovias e Ferrovias representa a maior parcela da queda, com a perda de 5.094 vagas, seguida de obras de terraplenagem, com 1.138 postos de trabalho a menos.

Os números do cenário nacional mostram um recuo nas novas admissões, no mês de novembro, causado principalmente pelo período eleitoral e a perspectiva de encerramento de uma gestão e o início de um novo direcionamento na aplicação dos recursos públicos, interferindo nas obras a serem licitadas e consequente necessidade de mão de obra.

Segundo Carlos Prado, em uma época de troca de governo, é de se esperar que ocorra esse tipo de oscilação. Para ele, a tendência para 2023 é de evolução dos números de forma positiva, em função do início de novos programas de obras na esfera federal programados para 2023.

EMPREGOS EM SÃO PAULO – CONSTRUÇÃO PESADA NOVEMBRO 2022

EMPREGOS NO BRASIL – CONSTRUÇÃO PESADA NOVEMBRO 2022