Sinimail nº 27 – 08/07/2025

Nível de emprego da construção pesada paulista apresenta em maio o pior resultado do ano

O nível de emprego do setor da construção pesada paulista registrou saldo negativo de 182 vagas no mês de maio, consolidando o pior resultado de 2025. Os dados representam uma queda de 597% em relação ao mês anterior, abril, quando foi registrado o crescimento de 1.088 vagas em todo o estado.

Apesar da queda, o saldo se mantém positivo em 2025. No acumulado dos primeiros cinco meses, o estado de São Paulo apresentou 108.546 trabalhadores com carteira assinada. 

SÃO PAULO

O setor de “Construção de ferrovias e rodovias” apresentou a maior queda com a saída de 490 trabalhadores. A segunda maior perda foi em “Construção de redes de transportes por dutos, exceto para água e esgoto”, com a dispensa de 299 operários. Por outro lado, a queda foi amenizada em virtude do surgimento de 849 vagas verificadas no setor de “Construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas”. Outro único setor, que apresentou evolução, mesmo que tímida, foi o de “Construção de obras de arte especiais”, com 51 novas vagas.

Em nível nacional, o nível de emprego da construção pesada registrou queda não tão acentuada em maio, quando foram registradas 5. 827 vagas em todo o país. Em abril, o número foi positivo em 8.999 postos de trabalho.

O setor “Construção de Ferrovias e Rodovias” teve a maior participação no incremento de novas vagas, com 4.424 novos postos de trabalho, seguido de “Construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas”, com 718 novas vagas. O mês de abril registrou, no Brasil, 445.367 trabalhadores no setor da construção pesada.

BRASIL

Para o gerente técnico do SINICESP, engenheiro Carlos Prado, o mês de maio mostra, no setor paulista,  uma desaceleração nas atividades vinculadas às rodovias e ferrovias, obras de terraplenagem e urbanização. O comportamento pode ser explicado pelo término de vários contratos do setor rodoviário, sem a perspectiva de homologação de novas licitações.

No cenário nacional, embora tenha ocorrido em maio, um número maior de contratações, comparado com o mês anterior, não há nenhum grupo de atividade que seja diretamente responsável pela queda, motivada, talvez, pelo ambiente de incerteza fiscal surgida pela possibilidade de aumento do IOF, inibindo os investimentos públicos e privados em infraestrutura.