Sinimail nº 22 (20/09/2024)

Construção pesada paulista acelera o ritmo de perdas de vagas

O nível de emprego da construção pesada paulista atingiu, no mês de julho, o menor patamar do setor registrado no ano, segundo levantamento divulgado pelo SINICESP, com base em dados fornecidos pelo CAGED do Ministério do Trabalho e Emprego.

Foi registrado um saldo negativo de 524 vagas em todo o estado de São Paulo. O número representa uma queda de aproximadamente 1.700 vagas em julho de 2024, em comparação com o mesmo mês de 2023, quando o saldo foi positivo em 1195 vagas. Os dados significam uma retração de 150% no número de vagas. A tendência de queda do número de trabalhadores com carteira assinada já havia sido registrada em junho de 2024, com o saldo negativo de 219 postos de trabalho.

O setor de Construção de Rodovias e Ferrovias foi o único que registrou perda de trabalhadores junho de 2024, com um saldo negativo de 942 vagas. Setores como “Construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas” e Construção de obras de arte especiais tiveram saldos positivos de 128 e 156 vagas, respectivamente.

O índice geral de vagas apresentou nos 7 primeiros meses do ano a contratação de 3.335 trabalhadores. O total geral de trabalhadores ocupados ativos no estado é de 105.242.

Nível Brasil

Em nível nacional, o nível de emprego da construção pesada se manteve estável em julho, com a contratação de 6.545 novos operários.

Inversamente proporcional ao que ocorreu no estado de São Paulo, o setor de Construção de Rodovias e Ferrovias realizou o maior número de novas contratações, com o acréscimo de 3.495 vagas, seguido de Obras de Terraplenagem com 1065 novas vagas.

Para o gerente técnico do SINICESP, Carlos Prado, os cenários, tanto em nível federal quanto estadual, não mudaram, com o Estado de São Paulo confirmando o aumento das demissões, notadamente no setor de rodovias e ferrovias, apontando o término dos contratos em andamento, sem o lançamento de novos editas.

Na medida que São Paulo apresenta esse quadro, na esfera nacional, há uma discreta elevação nos postos de trabalho, a partir de abril de 2024, seguido de uma redução de 40% no período abril/julho deste ano, mas que ainda não é fator de preocupação, segundo Carlos Prado.